terça-feira, 24 de abril de 2012

Ética profissional


Cobra-se muito a ética na política como forma de reduzir a péssima credibilidade que esta adquiriu ao longo dos anos. Notamos a falta de compromisso da maioria de nossos políticos que não procuram honrar, de fato, com o voto popular.
Entretanto, não só a política passa por uma crise ética, mas também outros setores. Um deles é o mundo profissional. Percebemos cada vez mais que os profissionais das mais diversas áreas nem sempre estão preocupados em desempenhar bem as suas funções e, menos ainda, em prestar um bom serviço à população.
Os exemplos estão em toda parte. O médico que perde a capacidade de se indignar e descarrega no paciente, sobretudo, naquele da camada mais pobre, toda a sua revolta profissional. Não procura examinar bem, não dá um tratamento humanizado às pessoas, não respeita de fato o juramento que fez ao se formar. Médico que faz uma espécie de duplo jogo no exercício da medicina: no hospital público atende de uma maneira, enquanto no hospital privado a sua atuação é melhoe e eficiente.
O professor apresenta-se muitas vezes como um trabalhador carente de valorização profissional e de reconhecimento. Nesse aspecto todos concordam. Mas há profissiionais da educação que, ao invés de lutarem por uma melhoria na carreira, procuram optar pela falta de compromisso. Muitos desses profissionais não comparecem à escola, não procuram se atualizar, não se dedicam a tornar o nosso mundo melhor ao educar o cidadão. Fazem da educação um verdadeiro "fingimento", ou seja, os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem.
A falta de ética profissional está disseminada por toda a sociedade e não há nenhuma profissão que escape a esse grave problema. Na segurança pública, na área administrativa, no setor de serviços, em qualquer área profissional existem os que trabalham com seriedade e tentam, de alguma forma, melhorar a vida do cidadão assim como existem os que fazem da sua profissão um instrumento perigoso e nocivo.
É preciso que a desonestidade, a indecência e a falta de respeito aos princípios não contaminem a sociedade como um todo. Já não basta a má reputação da política partidária que, a cada dia, nos surpreende com a sua falta de ética. è preciso que as pessoas tenham limites e regras a serem respeitadas; caso contrário, caminharemos rumo à falta de "freios", à babárie e à total bestialidade humana.

Profº. Nilsom Lima 

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

" os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem." Tive uma professora que fez exatamente isso. Quando a diretora se aproximou da sala ela mandou abrir o livro e fingir que estava lendo. Hoje,sei que não deveria ter fingido, não sei nada ou quase nada de química, e sim questionado! Ela nunca mudou durante os dois anos que estudei no colégio, acredito que não tenha mudado por que os alunos ainda comentam sobre. Essa "educadora" é dessas que banalizam a educação. E ainda é a que mais reclama do salário nas redes sociais.