segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Itabaiana cresce, cresce, mas não se torna grande II


Quero começar 2012 com uma reflexão para nós, "itabaianenses da gema". Outrora escrevi um texto com o mesmo título deste quando da inauguração das obras de ampliação do estádio Presidente Médice. Na ocasião questionei o tamanho do conformismo da diretoria da Associação Olímpica de Itabaiana por conta do episódio. Mas bola pra frente.
Com o mesmo título, volto a escrever sobre a visão pequena e conformista que grande parte das autoridades políticas itabaianenses possui. Se somos a Itabaiana Grande, uma cidade que cresce assustadoramente suas fronteiras territoriais na construção civil - graças à iniciativa privada - , uma cidade com o maior fluxo comercial do interior, uma cidade com um número infinito de profissionais liberais bem sucedidos nas mais diversas áreas e nas mais diversas regiões do país, uma cidade com dois campus universitários, uma das maiores rendas per cápita do nordeste, a maior aprovação no interior de alunos nos diversos vestibulares... ou seja, uma visão macro nos investimentos particulares, por que não temos essa mesma visão quando o assunto é público, quando é a política!?
Usando uma frase do ilustre itabaianense José Queiroz da Costa "Itabaiana se conforma com as migalhas que vêm do palácio", percebemos que aqui tudo é complicado para se concretizar quando o assunto é investimento público.
Somos uma cidade com quase cem mil (100.000) habitantes, estamos localizados no centro geográfico do estado, temos um fluxo de passageiro imenso, mas não possuímos um simples terminal rodoviário, e ainda pensamos em adaptar um 'terminal de passageiros' onde hoje se encontra aquilo. Não possuímos um hospital digno para a demanda da cidade, e a obra que começaria a dar essa dignidade se arrasta a passos de tartaruga cega e aleijada. Se é para organizar um trânsito - que é o maior fluxo de veículos do interior - não se leva em consideração as leis de trânsito visando ao bem estar do cidadão, mas aos impactos eleitorais que isso pode causar.
Possuímos o maior fluxo de hortifrutigranjeiros, quiçá do estado, mas não possuímos um lugar adequado para essa viabilização, deixando o centro da cidade em polvorosa às quintas-feiras, principalmente. Enfim, são inúmeros os exemplos de política pública com visão pequena e conformista em nossa Itabaiana Grande!
Seria interessante que a visão macro das iniciativas privadas que o itabaianense possui fosse praticada também nas diversas políticas públicas no município, com o intúito primordial de cada vez mais a nossa Itabaiana Grande se tornar Grande de verdade -  em todos os aspectos -  para fazer juz a esse adjetivo que de há muito nos envaidecemos.

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