sexta-feira, 22 de julho de 2011

É normal ou não é normal?


Qualquer atitude ou situação que não cause estranheza ou espanto é considerada normal. Já se causar o tal espanto ou estranheza aí não é normal. Então, como posso afirmar se a atitude é certa ou errada? Porque é nesse conceito que agimos. Ao menos é o que eu tento.
No início do século XX não era normal uma mulher ir a uma urna e depositar seu voto direcionado a um candidato, ou essa mesma mulher ter o comando financeiro de uma família, por exemplo. Hoje a primeira situação é mais do que normal e a segunda situação, afirma os últimos sensos do IBGE, está se tornando também normal.
__ Então o conceito daquilo que é normal é bastante relativo, é subjetivo de uma sociedade para outra. Falei pra minha consciência!
__ Isso mesmo! Respondeu-me ela
__ E uma autoridade política procurar o chefe do executivo para pleitear a coordenadoria de um órgão público em vez de pleitear melhorias para esse mesmo órgão é normal? Perguntei mais uma vez.
__ É e não é! Respondeu minha consciência. __ Depende da sociedade em que essa prática é aplicada!
Comecei, então, a analisar a situação e a sociedade na qual vi essa prática ser aplicada. Depois de analisar e observar algumas situações e as circunstâncias em que tais situações são praticadas, cheguei a conclusão de que a tal prática não causou espanto nem estranheza entre as pessoas já que desde sempre isso acontece, sendo, dessa forma, considerada normal.
__ Mas, e se essa atitude fosse outra? Se esse mesmo político se dirigisse ao chefe do executivo para reivindicar ou sugerir situações de melhorias para esse órgão público? Como eu conceituaria essa situação?
Questionei-me mais uma vez!
Outra vez  fui observar e analisar as circunstâncias em que essa prática seria aplicada. Deixando minha consciência de lado e conversando com vários amigos, recebi respostas muito parecidas:
__ Você tá doido!? Acha que alguém vai trabalhar para o inimigo!? Isso não dá resultado! E como vamos minar o adversário!? Responderam-me.
Percebi, então, que essa atitude causaria espanto e estranheza entre as pessoas dessa sociedade, visto que essa prática não era costumeira. Assim a conceituaria como anormal, ou seja, não é normal.
Aí me questionei outra vez:
__ Então, o que é uma atitude certa?
__ Aquilo que é normal! Respondi!
E assim caminha a tal sociedade!

3 comentários:

Nadilce Beatriz disse...

Como é difícil esta questão de normal ou anormal, principalmente quando nos deparamos com outros conceitos, sociedades, costumes, credos, políticas...Mas então eu me opergunto: por que temos a consicência? E respondo: poucos a usam.
Grande abraço.

Dr. Marcelo Nunes disse...

O q acho mais absurdo é esse joguinho político d interesses pessoais. Pessoas q só olham pro próprio umbigo e q fazem a política virar politicagem.

João Mendonça disse...

Olá, Marcelo!
O pior é que esse "joguinho de interesses" é praticado não só pelos políticos, mas também pelos seus seguidores que estão sempre de boca e braços abertos para assumir um "carguinho".