sábado, 5 de março de 2011

Curiosidades da língua portuguesa

Várias expressões usadas cotidianamente por nós, brasileiros, são pronunciadas sem ao menos conhecermos a origem, ou seja, usamos mas nem sempre sabemos usá-las no contexto correto. A seguir a origem de duas dessas expressões.

Cor de burro quando foge

 Na verdade o burro não muda de cor quando está fugindo - aliás, nem quando escoiceia ou trabalha como "burro de carga" . A cor dele é sempre a mesma, o tempo todo. Seu jeitão é manso, pacato, conformado com o triste destino que o oprime. Não se altera, não reclama, nada pede ou reivindica. Mas se alguém o provoca e ele desemberta, saia da frente pois, assustado, o bicho fica feroz, leva de roldão tuto o que encontra pelo caminho. Por tudo isso, a expressão correta é "corra de burro quando (ele) foge".

Bater na madeira

O costume de bater na madeira vem de tempos bem antigos. Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma árvore para afugentar o azar, com base no fato de que os raios caem frequentemente nas árvores, sinal de que elas seriam a morada terrestre dos deuses. A pessoa estaria mantendo contato com o deus e lhe pedindo ajuda.
Na mesma linha, os druidas batiam na madeira para espantar os maus espíritos. Já na Roma Antiga, por sua vez, batia-se na madeira da mesa das refeições, considerada sagrada, para invocar os deuses protetores tanto da família quando do lar.
Historicamente, a árvore preferida para neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por sua força, imponência e longevidade. Ele teria poderes sobranaturais por suportar a força dos raios.
Acreditava-se que vivia no carvalho o deus dos relâmpagos. Bater nessa árvore era, portanto, um meio  para afastar perigos e riscos diversos.

Fonte: Revista LÍNGUA Portuguesa

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