segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Impacto da adoção das cotas

O sistema de cotas para alunos provenientes de escolas públicas e para alunos declarados negros ou pardos ainda constitui um tema discutível. Uns são a favor e argumentam, dentre outros, que o aluno de escola pública não tem a mesma qualidade do ensino das escolas particulares, enquanto outros são contra e argumentam, por exemplo, que com o sistema de cotas passa a existir uma injustiça, qual seja o aluno proveniente de escola particular “perde a vaga” para quem tem menos pontos.
Enquanto não se chega a um consenso, uma coisa já podemos, mesmo que de forma preliminar, afirmar: a preocupação com o nível de ensino (quem é contra afirma que os alunos provenientes da escola pública não conseguirão acompanhar o nível dos cursos) está começando a cair por terra. Uma análise inicial da própria UFS (Universidade Federal de Sergipe), tendo como base o 1º período de 2010, que considera a taxa de abandono, reprovação por falta e desempenho (média geral ponderada) nos mostra que não existe muita diferença entre os alunos oriundos de escolas particulares e os de escolas públicas.
Isso mostra, mesmo que de forma preliminar, que quando todos têm as mesmas oportunidades todos são capazes de alcançar o sucesso.
Leia o relatório completo do Programa de Ações afirmativas (paaf) clicando aqui.

3 comentários:

antonio gomes lacerda disse...

"Isso mostra, mesmo que de forma preliminar, que quando todos têm as mesmas oportunidades todos são capazes de alcançar o sucesso."
Isto é uma verdade, todavia entendo que melhor seria o governo investir na educação pública pagando bem aos professores e dando condiçoes dignas de trabalho. Alguém falou há mais de dois mil anos: "Eduquem-se as crianças de hoje e não precisarás punir o adulto de amanhã." Eu digo: invista-se, hoje, na educação pública e não precisarás da cota para as crianças que ali estudam. A cota é como se fora um favor que os governos nos prestam. Depois eles cobram! Preço exigido por eles: o seu voto. Objetivo: a permanência no poder. Consequencias: 6% de aumento para o trabalhador (para você, professor) e 60% para eles.
Antônio gomes Lacerda
P.S. parabens pelo blog e desculpe o meu desabafo!

João Mendonça disse...

Permita minha apresentação, professor!
Apesar do texto, não sou a favor das cotas. O que quis passar (através de um relatório oficial - da UFS) foi justamente a capacidade que todos têm, desde que sejam dadas oportunidades iguais de estudo. O teu comentário vem apenas me ajudar quando ao sentido das crinças terem escolas públicas de qualidade desde a alfabetização.
Obrigado pela visita! É uma honta tê-lo em meu blog!
Quando ao desabafo, não se preocupe; também sou professor e sinto essa disparidadde (6% para 60%)!
Um abraço!

Nadilce Beatriz disse...

Não vou comentar sobre Cotas, porque é dar nomes às falhas que os homens cometem.
Acredito que todos nós humanos somos iguais. Dar preferência à cor, à classe social, situações diversas desta nossa sociedade curel, é mascarar 'tapar o sol com a peneira'. Temos direitos e deveres e não preferências.
Sucesso meu amigo.
Obrigada pelas visitas em meu blog.
Bjs