quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desigualdades: a pobreza como fracasso


A distribuição de renda constitui um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade, principalmente entre os países mais pobres ou subdesenvolvidos, inclusive o Brasil. Desde o século XVIII, com o desenvolvimento da industrialização e o crescimento econômico capitalista, que as desigualdades se agravaram, gerando, assim, uma massa pobre e fracassada pofissional e pessoalmente, não tendo acesso a uma condição cidadã digna.
A força que gera crescimento industrial e econômico é a mesma que produz o imenso vazio entre a classe que comanda - patrões - e a que é comandada - empregados. Enquanto aqueles aumentam seu poder, estes diminuem a cada dia sua dignidade enquanto cidadão, pois as diretrizes públicas e econômicas direcionadas ao "povão" são cada vez menos favoráveis a uma boa educação e qualificação profissional. A consequência disso é o grande número de pessoas pobres e oprimidas, cada vez mais fracassadas na construção de uma vida digna enquanto cidadão.
Pessoas sem consições de moradia digna, abrigando-se nos mais diversos "buracos" das grandes cidades, principalmente, estando à mercê das mais diversas doenças; crianças sem acesso a boas escolas, consequentemente prejudicando a qualificação profissional e sua ascensão na sociedade. Estes são exemplos da má distribuição de renda que ainda impera em países pobres e subdesenvolvidos, fazendo com que as desigualdades existentes não diminuam entre os extremos dessas sociedades.
Dessa forma, a pobreza acaba simbolizando o fracasso enquanto dignidade cidadã e humana para a parte "discriminada" da sociedade, visto que não consegue vislumbrar melhorias, como também uma derrota na construção de uma humanidade mais justa e igualitária.
Uma melhor distribuição de renda não passa, apenas, por uma política de "esmolas" destinadas aos menos favorecidos historicamente - como as casas populares e os auxílios salariais -, mas por uma oferta de educação qualificada e universalizada desde a base, como também a preparação profissional e acadêmica. Dessa forma o indivíduo vai se sentir realmente cidadão em condições de construção e realização, e não um dependente e fracassado.

4 comentários:

Anônimo disse...

O grande problema é realmente os malefícios advindos do sistema capitalista ou a forma como o desenvolvimento social, econômico e educacional é visto e perpetuado por você, eu e todos nos “cidadãos”, quando alimentamos este sistema desenvolvimentista, com discursos do tipo: para você ser considerado cidadão tem que ter uma renda X, ter acesso a um sistema educacional de qualidade, que prepara exclusivamente para o mercado de trabalho capitalista, para a replicação e aperfeiçoamento do capitalismo?

João Mendonça disse...

Agradeço as visitas e os comentários feitos neste espaço, mas prefiro que os comentários sejam identificados!

Anônimo disse...

Faça elevar o cosmo no seu coraçao!!!

PIBID/LETRAS/ITABAIANA disse...

Façamos todos, Anônimo!! Estou disponível para uma conversa olho no olho. Abraço.